DOS JORNAIS DE HOJE: A disputa entre o Congresso e o
governo continua a ser o assunto mais importante dos jornais. Folha, O
Globo e Estadão destacam em suas capas a aprovação de um PEC no
Congresso que limita o poder do governo sobre os próprios gastos. Um dos
jornais informa que o presidente do Senado se comprometeu a votar o
texto com rapidez. O presidente da Câmara negou que a votação seja
qualquer retaliação ao governo e o PSL, partido de Jair Bolsonaro
afirmou que o projeto é “mais Brasil e menos Brasília”, uma das
bandeiras do presidente durante a campanha – dizem que a postura do
partido foi adotada para esconder a derrota acachapante. Os jornais
apontam que a desistência de Paulo Guedes em ir ao Congresso para ser
sabatinado foi um dos motivos que levou à aprovação da PEC.
Por outro lado, partidos ligados ao governo assinaram
documento conjunto em que defendem mudanças no texto da reforma da
Previdência como alterações no BPC e em aposentadorias rurais. Os
partidos de oposição também anunciaram posicionamento contrário à
reforma. Pressionado por quase todos os atores políticos, o governo tem o
apoio de empresários bolsonaristas que defendem a reforma como a única
saída para a geração de empregos.
O Valor Econômico noticiou as disputas políticas, mas
apontou um incoerência do governo. Reportagens mostram que o plano de
reforma da previdência dos militares vai elevar gastos obrigatórios, o
que está no sentido contrário da desvinculação tão defendida por Paulo
Guedes.
Os jornais ainda informam que o MPF e a Defensoria Pública
ameaçam entrar na Justiça contra o governo para impedir comemorações em
homenagem ao golpe de 1964, que a CPI da Lava Toga foi arquivada de
novo, detalhes do encontro de Mourão com empresários em São Paulo, a
perseguição do governo a órgãos de fiscalização e análises ambientais (O
Globo), e que o governo pode tentar tirar o Brasil de uma convenção da
OIT que trata dos direitos dos povos indígenas (Valor).
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