DOS JORNAIS DE HOJE: A crise na articulação política do
governo para a aprovação da reforma da Previdência é o destaque das
capas dos jornais. Enquanto a Folha anuncia que o mercado está nervoso
por causa da falta de força do governo no Congresso, Estadão e o Globo
trazem notícias sobre Rodrigo Maia. Ambos os veículos entrevistaram o
presidente da Câmara que negou ter deixado a articulação política da
reforma da Previdência, mas afirmou que Bolsonaro precisa ter convicção
na PEC.
A Folha foi o único dos jornais a informar sobre as
manifestações organizadas pelas centrais sindicais contra a proposta de
reforma. O jornal também fez uma espécie de termômetro do mercado
mostrando como a desarticulação do governo já provocou reverberações e
como investidores estrangeiros aguardam o desfecho da reforma para
decidirem se investem no país ou não. A saúde indígena também foi alvo
de reportagem da Folha que mostra como houve corte nas verbas. A Casa de
Saúde Indígena está funcionando sem dinheiro. O texto lembra que o
ministro da Saúde era integrante da bancada ruralista e crítico da
política de saúde indígena.
O Estadão informa que a revolta de Rodrigo Maia pode
atrair os partidos do Centrão e isolar ainda mais o governo no
Congresso. O jornal abre espaço para que juristas expliquem suas
críticas à decisão do juiz Marcelo Bretas em prender Michel Temer. O
Globo adota a mesma estratégia e também informa que o dado apresentado
por Jair Bolsonaro em uma live no Facebook sobre o desempenho de filhos
do Bolsa Família nas escolas está errado e distorce o estudo mencionado
por ele próprio.
Impressiona o espaço dado pelos jornalões para que
juristas critiquem decisão da Lava Jato. Isso nunca foi feito com
aqueles que criticam a sentença proferida por Sergio Moro contra o
ex-presidente Lula.
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