Por Sharon Sevilha
Que Michael Jackson foi um show man, o rei do pop, não há o que se discutir. Suas apresentações não eram apenas apresentações, mas verdadeiros espetáculos que o mundo inteiro, inclusive o Brasil, teve oportunidade de ver. "Thriller" é um álbum incontestavelmente perfeito, mas não é disto que falaremos aqui.
Neste final de semana, estreou, na HBO, o documentário LEAVING NEVERLAND, e este poderia ser apenas mais um documentário sobre a eterna dúvida da pedofilia de Michael Jackson. Seu diferencial está nos depoimentos que duas crianças deram depois de adultas: James Safechuck, à época, com dez anos e Wade Robson, com apenas sete anos. Hoje, com quarenta e um e trinta e sete anos, respectivamente.
Os dois rapazes aparecem em momentos distintos do documentário de quatro horas de duração e ambos só decidiram falar depois de adultos e quando tiveram seus próprios filhos. Contam, entre outras coisas, como conheceram o ídolo e como foram abusados - entrando em detalhes do que Jackson fazia no rancho para que ninguém soubesse o que de fato acontecia e polpudos envelopes recheados de dólares para seus pais. E para os pais das outras crianças, supondo que o modus operandi era o mesmo.
A polêmica foi tão grande que algumas rádios ao redor do mundo tiraram Jackson de sua programação, um episódio dos Simpsons foi tirado do ar por conter a voz do cantor e, claro, a HBO está respondendo a um processo milionário feito pelo espólio de sua família.
Acredito ser importante para os fãs saber separar o homem de sua arte. Pedófilo ou não, um artista da magnitude de Jackson dificilmente vai aparecer.
Pesquisando bastante na internet, é possível achar o documentário completo, além de tantos outros com o mesmo tema. E, para ler, a biografia não autorizada acima é impressionante, mas difícil de achar.
Leia o livro, veja o documentário e tire suas conclusões.
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