terça-feira, 2 de abril de 2019

RUNAWAY TRAIN - O QUE ACONTECEU COM AQUELAS CRIANÇAS?


Por Sharon Sevilha

Em 1993, quando o álbum do Soul Asylum, Grave Dancers Union foi lançado, seu quarto single foi uma música chamada RUNAWAY TRAIN, que falava da depressão do vocalista, Dave Pirner.

O clipe, dirigido por Tony Kaye, foi inspirado em um costume americano da época: estampar fotos de crianças desaparecidas em caixas de leite, com um número para contato. Foram feitas várias versões do  clipe: três para os Estados Unidos totalizando trinta e seis crianças mostradas (dependendo da região onde era exibido, os rostos das crianças mudavam), uma britânica que, na abertura, no lugar do "um milhão de crianças desaparecidas", lê-se "cem mil crianças desaparecidas nas ruas da Grã Bretanha", e uma para a Austrália, com fotos de mochileiros procurados pelos seus pais.

Depois de terem suas faces expostas várias vezes por dia na MTV  e outros canais de música ao redor do mundo durante o refrão da canção, o que aconteceu com estes jovens? Alguns, infelizmente, nunca foram encontrados, outros foram assassinados e alguns voltaram para suas famílias - abusivas ou não.

Tony Kaye declarou que vinte e seis jovens foram encontrados depois de serem vistos no clipe. Dan Murphy, o guitarrista, na época, comentou que conheceu um bombeiro que disse ter visto sua filha no final do clipe. Ele estava em uma batalha pela custódia da criança e, no final, a menina não tinha fugido: tinha sido morta e enterrada no quintal pela própria mãe.

Uma outra jovem os interpelou em uma turnê, acusando-os de terem destruído a vida dela, pois ela vivia com o namorado e foi obrigada a voltar para uma situação abusiva em casa.

A versão britânica mostra duas jovens que haviam desaparecido em 1991. Seus corpos foram encontrados em uma casa, em Margate. O culpado foi condenado pelos dois assassinatos.

Ainda na versão britânica, um outro jovem foi reconhecido por um vizinho que chamou a polícia, mas quando eles chegaram, o rapaz já havia desaparecido com o rapaz com quem vivia. Nunca mais se soube deles.

Voltando para os Estados Unidos, mais um jovem, Curtis Huntzinger, foi encontrado morto em 2008. Seu assassino foi preso e condenado a onze anos de detenção.

A única imagem em comum nas três versões americanas é a do bebê Thomas Dean Gibson, desaparecido aos dois anos de idade, em 1991. Larry Gibson, seu pai, ex-xerife adjunto, foi condenado por homicídio culposo. Foi alegado que ele atirou no filho sem querer enquanto atirava em gato no seu jardim. Nenhum vestígio foi encontrado, mas Larry ficou preso até 1996 e, desde então, segue procurando seu filho.




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