DOS JORNAIS DE HOJE: As capas de O Globo, Folha e
Estadão destacam o mesmo assunto, o conflito entre PGR e STF com relação
ao inquérito que investiga fakenews sobre o Supremo. O Valor Econômico,
por sua vez, destaca que o governo liberou a Petrobrás para definir
seus preços. Os dois assuntos são tratados por todos os jornais.
Sobre a divergência entre PGR e STF, a imprensa
tradicional dá indícios em seus textos de que há possibilidade de
ocorrer um crise institucional. A expressão “crise institucional” é a
manchete da reportagem do Globo sobre o tema. No geral, os jornais
abordam a tensão momentânea e se a liberdade de expressão foi ameaçada. O
que fica de fora é se a responsabilidade por vazamentos seletivos está
sendo apurada, de fato. Lembrando que tais vazamentos são a grande marca
desses anos de Operação Lava Jato. Já as reportagens sobre a política
de preços da Petrobrás tratam mais do pacote de incentivos que o governo
vai oferecer para os caminhoneiros. De acordo com as apurações da
imprensa, ao invés de aliviar a tensão entre os motoristas o pacote teve
o efeito reverso. Representantes dos caminhoneiros afirmam que a
categoria já está endividada e não pode contrair novos empréstimos. O
risco de uma greve estaria ainda maior.
Outro assunto que é central na imprensa há meses é a
reforma da Previdência. O Valor Econômico informa que a oposição e os
partidos do centrão estão negociando as mudanças no texto da PEC ainda
na CCJ e que o governo está totalmente alheio à discussão. Quem tem voz
nas negociações é Rodrigo Maia. De acordo com a reportagem, um acordo
estaria bem próximo. Sobre a reforma, a Folha publica entrevista com o
empresário Luiz Fernando Furlan. Ele afirma que empresas estão adiando
investimentos porque não sabem se o governo tem competência de aprovar a
reforma, mas Furlan diz acreditar na possibilidade.
A conflituosa relação entre o Congresso e o governo ainda
pode fazer com que a mudança na estrutura dos ministérios seja cancelada
ou sofra novas alterações. A Folha informa que deputados não concordam
com todas as mudanças e, dificilmente, a MP que trata do assunto vai ser
aprovada sem emendas. Além disso, ela corre o risco de caducar. O
Estadão aborda outro foco do conflito: líderes partidários ainda
discutem no Congresso contrariar a decisão do governo de não conceder
aumento real no salário mínimo.
A imprensa foca nos conflitos, mas ignora a situação
dramática de milhões de brasileiros que continuam desempregados. As
condições de vida dessas pessoas não é alvo do noticiário. Da mesma
forma, o relaxamento da fiscalização ambiental e em outras áreas também
fica em segundo plano.
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