O
pai quer fazer um filme com seu filho, que por sua vez, deseja mesmo é
fazer seu próprio filme, esse é o mote do longa que terá exibição no
CCBB das cidades de São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro
Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, primeiro longa da Cia Banquete Cultural como produtora, e da Xique Xique Neon como pós-produtora, estreia na 18ª edição da Mostra do Filme Livre - maior mostra de cinema independente brasileiro -
que acontece nos Centros Culturais Banco do Brasil, das cidades de São
Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro, de março a junho.
Segundo o coprodutor e diretor de elenco, Jean Mendonça, o filme surgiu de uma peça de teatro da Cia Banquete Cultural, Áurea, a lei da Velha Senhora,
escrita e dirigida por ele e ganhadora do prêmio Funarte Myriam Muniz,
em 2015. Negrinho era uma personagem da peça que só aparecia em vídeo,
mas que dialogava com os atores no palco. O curta Negrinho, de Jean Mendonça e José Mauro Pinheiro, criado especialmente para o espetáculo teatral, serviu de inspiração para o longa Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, que começa a ser exibido em festivais em 2019.
Sobre o filme
- Um filme de família. O pai quer fazer um filme com seu filho João
que, por sua vez, deseja mesmo é fazer seu próprio filme. Assim,
entramos em uma fronteira invisível, e sempre deslocada, entre a vida e a
morte, entre quem filma e quem é filmado, entre um forasteiro e um
morador, entre uma geração e outra. João recusa uma linha divisória
entre esses dois mundos e fabrica suas próprias imagens, no celular. Aos
olhos de um narrador-tripé, ele tem passos pequenos, uma timidez que se
contrapõe ao olhar astuto quando é sua vez como observador. Um menino
que propõe e frui, ainda sem assumir, em atitude sobreposta. João é
Negrinho, mas também é João, duplo em si mesmo assim como todos ali,
inclusive a própria cidade que ele acaba de conhecer e estranhar.
“João
Mendonça, performer principal, tinha 5 anos na época da gravação do
curta. Sua figura desafiadora no set reservou ao filme espaços que não
existiriam, caso fosse um ator mirim profissional. Suas recusas à
atuação contribuíram para uma experiência que se recriou em
escuta às suas intervenções, e por isso, ainda que com apenas 9 anos,
eu o provoquei para o gesto de integrar simbolicamente a equipe de
direção”, conta a diretora, Thaís Inácio.
Dirigido
por João Bernardo Mendonça e Thaís Inácio, o longa conta com a
participação dos atores Marcus Liberato e Cláudia Barbot, que também
atuaram na peça que deu origem ao filme, expandindo a narrativa do
teatro. Por meio de uma estética híbrida, entre documentário e ficção, o
filme trabalha a presença de diversos moradores das cidades em
situações performáticas, em uma troca que se propõe a reinventar seus
próprios cotidianos, assim como o ponto de partida na criação. Entre
eles, o menino Felipe Passos e a Dona Ilídia, uma senhora dos seus
"cento e poucos" anos, que faz a avó no enredo. Evandro Passos,
dançarino, diretor e professor, faz a produção local do longa, Jean
Mendonça é coprodutor e diretor de elenco, e Sérgio Pererê, ator e
músico, conduz o canto da procissão.
O
filme será exibido dentro da 18ª Mostra do Filme Livre, com entrada
gratuita. Em São Paulo, o longa será exibido no dia 14 de abril, às
19h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Alvares Penteado, 112,
Centro). Já no Distrito Federal, a exibição acontece no dia 4 de maio,
às 17h, no Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Sul, Trecho
2, lote 22). Os moradores da cidade do Rio de Janeiro contam com duas
oportunidades, a primeira no dia 11 de maio, às 18h e a outra no dia 25
de maio, às 19h15, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de
Março, 66 – Centro). Mais informações sobre o longa Não sei qual cidade se passa aos olhos dele, no site https://www.xxneon.com/__ narrativas-visuais/naosei/.
Serviço
Não sei qual cidade se passa aos olhos dele – 18ª Mostra do Filme Livre
São Paulo - 14/04 (domingo) - 19h30 - CCBB (Rua Alvares Penteado, 112, Centro, SP) Distrito Federal - 04/05 (sábado) - 17h - CCBB (Setor de Clubes Sul, Trecho 2, lote 22, Brasília) Rio de Janeiro - 11/05 (sábado) - 18h e 25/05 (sábado) - 19h15 - CCBB (Rua Primeiro de Março, 66 - Centro - RJ) |
Ano: 2019 / Duração: 74 minutos / Classificação Indicativa: 14 anos
Direção: Thaís Inácio e João Bernardo Mendonça
Coprodutor e Diretor de Elenco: Jean Mendonça
Produção: Banquete Cultural / Pós-Produção: Xique Xique Neon
Preparação de João Mendonça: Juliana Ferraz / Montagem: Luiz Giban, edt. (in memoriam) e Thaís Inácio /Assistente de Montagem: Desiré Taconi e Rodrigo de Castro / Edição de Som: Rodrigo de Castro e Thaís Inácio / Correção de Cor: Desiré Taconi / Assistência de Direção e Continuidade: Gabriel Pacheco / Direção de Fotografia: John C. M. e Paula Melo / Captação de Imagens Sony F3: John C. M. / 1º Assistente de Captação de Imagens Sony F3: Léo Fiuza / 2º Assistente de Captação de Imagens Sony F3 e Logger: Patrick D’Orlando / Narrativa Visual com Celular e Canon 7D: João Bernardo Mendonça, Marcia Otto, Paula Melo, Patrick D’Orlando, Thaís Inácio e Jean Mendonça / Still: Paula Melo / Direção de Arte: Antoine Arte /Captação de Som: Uerlem Queiroz / Ass. Captação de Som: Bebel Rodriguez / Produção Executiva: Marcia Otto / Produtor Local: Evandro Passos / Ass. de Produção: Vanessa Botelho e Felipe Marcondes
Performers: Moradores do Quilombo Vila Nova, Moradores de São Gonçalo do Rio das Pedras, Serro e Diamantina, João Bernardo Mendonça, Adriani Romária, Cláudia Barbot, Marcus Liberato, Felipe Passos, Evandro Passos, Sérgio Pererê e Dona Ilídia.
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