Lô Borges apresenta “Rio Da Lua”
(Deck), seu quinto álbum de inéditas neste século. É um álbum composto em
parceria com Nelson Angelo, que conhecia Lô desde o tempo do Clube da Esquina
mas não o via há 40 anos. "Convidei o Nelson para um show meu, e para minha surpresa,
uma semana depois ele me mandou "Partimos" por e-mail, que musiquei,
e depois começou a enviar várias letras por WhatsApp" -
comenta Lô. O que era para ser uma canção acabou virando as dez que formam todo
o repertório de "Rio da Lua".
O
processo todo de feitura de "Rio da Lua" foi diferente do que Lô está
acostumado. Com projeto gráfico assinado pelo renomado arquiteto João Diniz,
pela primeira vez, Lô musicou letras (ao invés do processo inverso). A química
disso tudo deixou o álbum simples, artesanal e com ares contemporâneos. “O processo de composição do “Rio da Lua” foi uma novidade em
dois aspectos. Inicialmente, foi a primeira vez em que compus com Nelson Angelo
e também foi a primeira vez que musiquei letras. Em geral trabalho previamente
a composição para depois o parceiro trabalhar na letra. Desta vez, foi o
inverso. Outro aspecto inovador é que tudo foi feito através de troca dinâmica
de mensagens digitais com o Nelson”, conta Lô.
Abertura
do álbum, a canção homônima é, na opinião de Lô, “sem precedentes na minha
trajetória de compositor. Usei acordes que nunca havia usado ao longo da minha
carreira; acordes inusitados que surpreenderam os músicos que gravaram o disco”.
“Em Outras Canções”, primeiro single, é a mais romântica do registro, na qual
Lô, explorando sua amplitude vocal, traz mensagens de positividade em meio a
tempos difíceis. Outro destaque, “Partimos” é a composição que iniciou a
parceria da dupla. A faixa é, na opinião do cantor e compositor, a que mais
remete aos clássicos da MPB, e é resultado das influências musicais que
recebeu de Nelson Angelo, ao longo de muitos anos.
“‘Rio da Lua’ é um disco rumo ao desconhecido. Toda a criação
foi uma novidade, desde a parceria inédita com o grande compositor Nelson
Angelo, até a forma como trabalhamos utilizando as mensagens digitais para
produzir as músicas. Esse rumo ao desconhecido, por características diferentes,
também está presente no ‘disco do tênis’ (álbum “Lô Borges”, de 1972), meu
primeiro álbum solo. Ambos os discos carregam uma urgência em seus processos
criativos”,
completa Lô Borges.
>> Ouça o álbum:
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